Tem uma conta?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Dança comigo?

Se eu fosse mais alto. Mais forte. Mais bonito.

Se eu fosse mais magra. Mais bem-feita. Mais bonita.

A culpa é do meu nariz. Se minhas pernas não fossem assim. Meu cabelo é ondulado demais.

Eu não consigo memorizar as coisas. Ler. Entender o que o professor está dizendo.

Se eu passasse no vestibular. Se conseguisse um emprego. Faculdade.

Deixem-me mostrar uma coisa.

Olhem o vídeo abaixo.

Tenho certeza que não vão se arrepender.

Inesquecível.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E daí?


Como assim? Eu tenho que abrir mão das minhas coisas? E por quê?
Por que ele não abre mão do futebol dele?
Por que ela não abre mão da novela?
O deles é tão sagrado assim? E o meu? Não importa?
Estou cansado/cansada de ter que fazer isso, de abrir mão do que eu gosto de fazer por causa das outras pessoas...
E daí que ele é motoqueiro, eu não posso amá-lo? E daí que ela tá grávida de outro, eu a amo mesmo assim...
E daí que a novela da globo agora tem um computador de última geração? E daí que a Helena é negra? Ela podia ser tricolor e eu não ia me interessar...


Se eles fossem mais compreensivos... se o mundo fosse mais compreensivo...


Se todos pensassem assim, talvez já não existisse mais mundo. Se o meu sempre fosse mais importante que o nosso, talvez o homem já tivesse sumido da face da Terra.

Um homem sábio uma vez disse: Se alguém bater em sua face direita, ofereça-lhe a outra.

Inimaginável.

Quem, eu? Há, há.

Mas nunca!

Ele já morreu, mas suas idéias continuam vivas.

O que você faria se alguém lhe batesse na cara? Ah, depende, se o meu dia estivesse bom, eu até poderia perdoar... mas se eu estivesse estressado...sai de baixo!
Saia do "se". Decida. Está disposto a dar a outra face?

Eu não sei se estou. Juro. Mas lutarei até a morte para estar. Pelo menos decidir dar a outra face por alguém. Por mim mesmo. Por Ele.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O monstro de olhos verdes

 

Quando ela for minha...

Aquele sentimento indescritível. Que lhe tira o fôlego, que lhe desarma completamente. Quando seus olhos perdem o brilho habitual da felicidade e tornam-se vazios, tristes. Cegos pelo desejo. Frios pela cobiça. Insensíveis.

Você é o melhor para ela e não aquele cara. Ele é seu grande amor e não aquela menina. Intrometidos. Roubaram sua felicidade. A minha felicidade. Quem ele pensa que é? Ela estava muito mais feliz comigo! Quem ela pensa que é? Ladra de namorado!

E eles são tão cínicos. Querem ser "amiguinhos". Passado é passado. "Vamos deixar para trás o passado". Mentirosos! Estão é felizes por terem a pessoa adorada. Roubaram o meu passado, dando-me um presente sofrível e um futuro sombrio. Levaram a minha felicidade embora. Agora só tenho lembranças do meu mundo realizado e sonhos de um futuro melhor.

Ela era só minha. Eu pertencia a ele. Quantos de nós já pensaram isso? Quantos de nós já sofreram nas garras do monstro de olhos verdes? Otelo, Casmurro, Adele, Maria, Carmen, João, Pedro, Sofia? Quantos de nós já sentimos vontade de massacrar aquele ladrão/ladra de felicidade?

E não é só de amor. Os amigos também são só meus. Quem é essa menina nova que quer roubar minha melhor amiga? E esse cara aí, só porque sabe fazer gol, acha que pode ter a turma toda só pra ele? E os meus amigos?

Olhamos para Iago, desenhado por Shakespeare, José Dias, imaginado por Machado, Iara, delineada por Pedro Bandeira  e sentimos repulsa. Como puderam fazer tudo isso? Entrelaçar pessoas, amigos em teias de maldade e manipulá-las com perfeição, até que se odiassem. Criar rixas, mágoas. Como puderam?
Como podemos nós? Nunca fizemos isso? Nunca desejamos que aquele intrometido fosse embora pra sempre? Nunca odiamos aquela menina nova que roubou o namorado? Nunca desejamos a pessoa adorada de volta em nossos braços?

Aquele que nunca sequer pensou em nada disso, que atire a primeira pedra. Mas cuidado: a pedra pode voltar em você.

Se ela fosse minha...
Como queria sentir aquele abraço em meu corpo...

Se ele fosse meu...
Se ela não estivesse aqui...
Cuidado.

O monstro está à solta.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E quanto a nós?



Se...
Quando...

Incrível como essas palavras nos perseguem. Quando eu arranjar um emprego aí sim eu... Se eu ganhar na Mega Sena acumulada, aí sim... Quando ela mudar o jeito dela... Se ele fosse um pouco mais compreensivo...

Tudo na vida tem um "se". Uma condição. Uma temporalidade. Adoramos falar isso. Adoramos o subjuntivo. Nunca é nossa culpa. Nunca depende exclusivamente de nós. Adoramos o tempo subjuntivo e transformamos nossa vida em seu templo.

Mas por que se preocupar? Todos dependem de todos. E ninguém tem a coragem de fazer alguma coisa. Sair do "se", do "quando" e ir ao mais temido tempo de todos os tempos. O inexorável presente do indicativo.

Dar um sorriso. Criar um blog. Realizar um sonho. Amar alguém.
Magoar-se. Chorar. Invejar o sonho de outro. Aprender a ser humano.

As melhores coisas do presente. Do presente do indicativo.